Hoje vou falar um pouquinho sobre a saúde da mulher. Devemos nos cuidar, fazer os exames rotineiros para no futuro não nos surpreendermos com problemas.
Segue algumas dicas sobre a infertilidade que assombra várias mulheres.
Não desista do seu sonho de ser mãe. Confie em Deus em primeiro lugar e faça o tratamento conforme o seu médico prescrever. Tudo dará certo...
Como a idade afeta a fertilidade
Existem vários fatores para explicar por que as mulheres estão esperando mais para ter filhos. É comum a mulher querer se firmar na profissão e aproveitar um pouco uma vida mais despreocupada para só então resolver aumentar a família. Às vezes a mulher prioriza os estudos, ou então quer atingir uma estabilidade financeira maior de modo a poder oferecer mais qualidade de vida aos filhos, quando eles vierem. Ou então o parceiro ideal demora para aparecer, ou a mulher simplesmente não se sente preparada...
A disponibilidade e a eficácia dos vários métodos contraceptivos também têm um papel importante. Atualmente os casais pensam mais antes de ter filhos, e a tendência é que as famílias sejam menores.
Idade e fertilidade
O lado negativo de adiar a maternidade, seja por que motivo for, é que para as mulheres a fertilidade decai rapidamente com o passar da idade, muito mais que para os homens.
Como pode ser observado na tabela abaixo, a idade de maior fertilidade para as mulheres é entre os 20 e os 24 anos.Com o passar do tempo, as chances de engravidar caem drasticamente, e a probabilidade de enfrentar problemas de fertilidade aumenta de forma significativa. Os homens continuam férteis por bem mais tempo, mas a fertilidade masculina também é afetada pela idade, embora de modo menos radical.
Tabela: Taxa de fertilidade ao longo de um ano
Os dois gráficos referem-se a mulheres que não possuam nenhum problema específico de fertilidade.
Fonte: Management of the Infertile Woman, de Helen A. Carcio, e The Fertility Sourcebook, de M. Sara Rosenthal
Quanto tempo vou demorar para engravidar?
Especialistas afirmam que aos 35 anos, a fertilidade da mulher é metade da que era aos 25 anos, e que, aos 40, a fertilidade cai para a metade do que era aos 35. Isso significa que um ano pode fazer muita diferença quando a mulher está na casa dos 30 ou dos 40 anos, e de repente pode começar a enfrentar dificuldade para engravidar.
A maioria dos casais (92 por cento) consegue engravidar em dois anos de relações sexuais frequentes e sem proteção. "Frequentes" neste caso significa sexo a cada dois ou três dias, ao longo de todo o ciclo menstrual.
Isso quer dizer que 8 por cento dos casais, na população em geral, não vão conseguir engravidar em até dois anos. Se você tem mais de 35 anos, sua chance de ficar grávida começa a cair rápido com o passar do tempo; 23 por cento das mulheres com 38 anos ou mais não conseguem engravidar mesmo com três anos de sexo frequente e sem proteção.
Assim, se a orientação em geral dos médicos é que se espere pelo menos um ano de tentativas para procurar ajuda especializada, a recomendação para mulheres de mais de 35 anos é diferente. Se você tem mais de 35 anos e está com dificuldade para engravidar, vale a pena procurar um especialista antes de um ano.
Por que a fertilidade decai tão rápido?
Há vários fatores que afetam a fertilidade. É preciso lembrar que a saúde em geral da pessoa também declina com o passar da idade. Certos problemas podem se agravar, e novas doenças podem surgir.
À medida que a mulher envelhece, fatores ligados à fertilidade mudam, como:
• Reserva ovariana: é o número de folículos em bom estado que restam nos ovários. Os folículos se formaram quando você ainda estava na barriga da sua mãe, e desde então só foram se deteriorando (e sendo usados). Quanto mais tempo passa, menos óvulos viáveis você tem. Para mulheres que sofrem de menopausa precoce, os óvulos acabam muito antes do normal.
• Ciclo menstrual: conforme as mulheres se aproximam da menopausa, seus ciclos menstruais podem começar a ficar irregulares e mais curtos, o que desfavorece a fertilização.
• Revestimento do útero: o endométrio pode ir ficando cada vez mais fino, menos apropriado à implantação do embrião.
• Secreção vaginal: o muco presente na vagina e no colo do útero pode ficar menos líquido e mais hostil aos espermatozóides.
• Doenças que afetam o sistema reprodutivo: certos problemas podem ir danificando os órgãos reprodutivos com o passar do tempo, ou podem se agravar se não forem tratados. Entre eles estão a endometriose, a síndrome dos ovários policísticos e a clamídia.
• Doenças crônicas: determinadas doenças têm impacto negativo na fertilidade, e tendem a se agravar com o envelhecimento.
• Obesidade: o excesso de peso pode afetar a fertilidade, e tende a ser mais comum à medida que a mulher fica mais velha.
Principais causas de infertilidade (tabela)
Acredita-se que de cada seis casais um tenha dificuldade para engravidar, o que só mostra como esse é um problema bem mais comum do que se possa imaginar até vivenciá-lo na prática. Se você vem mantendo relações sexuais sem nenhum método anticoncepcional há mais de 12 meses e ainda não veio bebê por aí, é bem possível que a ideia de algum tipo de disfunção já tenha passado por sua cabeça.
O primeiro passo é conversar com um médico para avaliar seu estado geral de saúde. Não se desespere, porque muitos problemas de fertilidade podem ser diagnosticados e tratados.
A tabela a seguir procura listar as causas mais comuns, alguns dos tratamentos e as porcentagens dos casais que acabam engravidando. Vale lembrar que porcentagens variam bastante, já que um casal pode ter mais de uma dificuldade para gerar filhos espontaneamente.
Leia mais sobre como lidar com o estresse de não conseguir engravidar.
Condição | Definição | Possíveis sintomas | Possíveis soluções | Chances de sucesso |
PROBLEMAS NA MULHER - Responsáveis por cerca de 40 por cento dos problemas de fertilidade |
Endometriose | O tecido do endométrio (camada interna do útero que "descama" mensalmente, a cada menstruação) cresce fora do útero; é uma das principais causas de infertilidade feminina. | Menstruação com muita cólica, irregular ou com forte sangramento; em muitos casos, há abortos espontâneos de repetição. | Laparoscopia para retirar tecidos anormais ou aderências, além de tratamentos de reprodução assistida. | Cirurgia: 40-60 por cento das mulheres consegue engravidar em até 1 ano e meio depois da operação. Fertilização in vitro (FIV): índice de sucesso conforme o esperado para outras mulheres |
Problemas de ovulação | Qualquer distúrbio (geralmente hormonal) que impeça que um óvulo maduro seja liberado pelos ovários. | Menstruação irregular ou ausente e sangramento leve ou forte demais. | Medicamentos para melhorar a ovulação, como clomifeno, hormônios estimulantes dos folículos, hCG e, quando necessário, fertilização in vitro (FIV). | 70 por cento das mulheres acabam ovulando, e dessas, 20-60 por cento ficam grávidas. |
Óvulo de baixa qualidade | Óvulos danificados ou com anomalias cromossômicas, que não conseguem manter uma gestação. A idade costuma estar ligada ao problema, já que a qualidade dos óvulos cai significativamente a partir dos 35 anos. | Nenhum. | Doação de óvulo ou de embrião (com processo de fertilização in vitro). | 43 por cento das mulheres que implantam um óvulo de doadora fertilizado engravidam. |
Síndrome dos ovários policísticos | Há um desequilíbrio hormonal, os ovários contêm inúmeros pequenos cistos e a ovulação não ocorre regularmente. | Menstruação irregular, excesso de pêlos, acne e ganho de peso. | Remédios para melhorar a ovulação, como clomifeno, hormônios estimulantes dos folículos e fertilização in vitro (FIV). | 70 por cento das mulheres que tomam medicação acabam ovulando, e dessas, metade engravida em até seis a nove meses. Infelizmente, uma em cada cinco destas gestações termina em aborto espontâneo. |
Obstrução nas trompas | Trompas (ou tubas uterinas) bloqueadas ou danificadas impedem que os óvulos cheguem ao útero e, consequentemente, o espermatozoide ao óvulo. Causas principais: doença inflamatória pélvica, doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia, e laqueadura anterior. | Nenhum. | Laparoscopia para abrir as trompas, se possível (quando a área obstruída é pequena); se a operação não der certo, a fertilização in vitro (FIV) é uma opção. | As taxas de sucesso na concepção variam muito -- de apenas 10 por cento a até 70 por cento --, dependendo do bloqueio e da quantidade de cicatrizes após a cirurgia; para FIV, os índices de concepção são os mesmos que para outras mulheres. |
PROBLEMAS NO HOMEM - responsáveis por cerca de 40 por cento dos problemas de fertilidade |
Obstruções | Qualquer obstrução nos vasos deferentes, que transportam os espermatozoides). Varicoceles (varizes) nos testículos são a causa mais comum. DSTs como clamídia ou gonorréia também estão entre as causas. | Nenhum. | Cirurgia para as varicoceles ou outro tipo de obstrução. Avaliação cromossômica e genética para detectar a chance de transmitir doenças ao bebê. | Cerca de 40 por cento dos homens acabam engravidando as parceiras em até um ano após a operação, sendo a maior parte entre seis e nove meses. |
Problemas nos espermatozoides | Contagem baixa ou inexistente de espermatozóides, assim como pouca mobilidade ou formato anormal, podem causar infertilidade. | Nenhum. | Medicamentos podem aumentar a produção de espermatozoides; outras opção são inseminação artificial com espermatozoides de um doador ou FIV com injeção dos espermatozóides diretamente no óvulo (ICSI). | Medicamentos: cerca de 25 por cento chegam à gravidez; inseminação artificial: entre 5-20 por cento das mulheres ficam grávidas, por ciclo; ICSI: cerca de 15 por cento das parceiras engravidam, a cada tentativa. |
Alergia a espermatozoides | Menos de 10 por cento dos homens e mulheres inférteis têm alguma reação imunológica a espermatozoides. Nos homens, esse tipo de alergia é mais comum após uma vasectomia. É um diagnóstico ainda controverso. | Nenhum. | Lavagem de espermatozoides e inseminação artificial, tratamentos de reprodução assistida. Os remédios imunossupressores, como cortisona e prednisona, já não são mais usados. | Há relatos de taxas de sucesso entre 20 e 40 por cento, por ciclo, mas os números são considerados polêmicos. |
INFERTILIDADE SEM CAUSA APARENTE E COMBINAÇÃO DE PROBLEMAS -- responsáveis por algo em torno de 20 por cento de todos os problemas de fertilidade |
Infertilidade inexplicável | Termo usado por médicos quando não há razão específica de infertilidade após uma série de avaliações e exames. | Nenhum. | Além de relações sexuais programadas, não há tratamento específico. Alguns casais tentam medicamentos e tratamentos de reprodução assistida, como (FIV), com taxas de sucesso conforme a média. | É importante saber por quanto tempo o casal vem tendo problemas de infertilidade. Parceiros com infertilidade inexplicada que vêm tentando há menos de cinco anos têm de 15 a 30 por cento de chances de engravidar. Após cinco anos, menos de 10 por cento engravidam sem tratamento. |
Combinação de problemas | Termo que descreve casais em que tanto o homem como a mulher têm algum problema ou quando um dos parceiros tem mais de uma dificuldade de fertilidade. | Os sintomas mudam, dependendo das causas. | Uma vez que todas as causas de infertilidade tenham sido determinadas, os médicos escolhem o melhor tipo de tratamento. | Taxas de sucesso variam, dependendo dos motivos da infertilidade. |
Fonte: Site: BabyCenter Brasil